domingo, 20 de fevereiro de 2011

Como ser um profissional Ronaldo: importante nos processos de decisão ?


A respeito dos profissionais Ronaldo dentro das empresas, inicio este comentário com três incógnitas:

1º) Está faltando este tipo de profissional nas coorporações...
2º) Existe este tipo de profissional nas empresas, mas não estão sendo notados...
3º) Existem alguns supostos Ronaldo's dentro das empresas, que aparecem bastante, mas não decidem nada...

Pois bem...,

É dele que queremos falar, mas de uma outra perspectiva; o jogador rotulado de gorducho e fora de forma nos últimos anos, e que no último dia 14 de fevereiro resolveu pendurar as chuteiras..., mas que para sempre será o nosso Ronaldo Fenômeno.

A trajetória dele desde que chegou ao Corintians, foi polêmica e cercada de especulações por parte dos torcedores, adversários e imprensa. Mas, com o passar do tempo, ele demonstrou que mesmo apagado durante as partidas, basta a bola cair no pé dele que dá chutes certeiros. Passados os comentários iniciais, saiu dos títulos pejorativos para se tornar herói.

Alguns profissionais do ambiente corporativo têm perfil semelhante ao do jogador. No dia-a-dia não tem a notoriedade de outros tantos profissionais que sabem fazer marketing pessoal, mas basta um problema cair em suas mesas que o resolvem, não só rapidamente, como de forma acertada.

São os Ronaldos corporativos, cada vez mais procurados pelas empresas, principalmente para ocupar cargos de liderança – de atacantes. São eles que, discretos, realizam suas tarefas diárias, batem as metas estabelecidas, e mais: estão prontos e preparados, para resolver qualquer situação fora do script que possa aparecer.

O especialista em Recrutamento da Robert Half, Sócrates Mello, também já jogou futebol profissional em times dos Estados Unidos, Suécia e Dinamarca. Por coincidência, conheceu o jogador Ronaldo numa passagem por Madri, junto a outros atletas. Conhecedor tanto do ambiente esportivo quanto das necessidades das organizações, afirma que há muitas semelhanças entre as duas áreas.

“Existe o chamado dom, porque a forma como um líder decide e enxerga as informações transmitidas a ele é diferenciada. Isso porque, só para esse profissional chegar a esta posição, já demonstrou durante a carreira dele que tem posições maduras e fez a empresa confiar nele para a tomada de decisões. Ninguém vai colocar um atacante ruim na frente do gol. Mesma coisa no ambiente corporativo. É somado o know how, a inteligência e o estudo acadêmico para formar um profissional assim”, pontua.

Mas pondera: “Também existe um detalhe importante: não é que o jogador Ronaldo não apareça, mas sim que existe toda uma equipe jogando para deixá-lo na cara do gol. Numa empresa é igual. Geralmente os cargos de pessoas que precisam decidir são cargos de liderança, mas para que eles consigam tomar as resoluções corretas, tem de haver todo o suporte de uma equipe por trás”.

Refletindo sobre essa opinião, é possível denotar que para ser um líder que toma decisões acertadas é necessária a conjunção de fatores como formação, competências e habilidades - profissionais e comportamentais - experiência e talento. Mas o problema pode habitar quando, fora de um cargo de liderança, há um profissional com perfil de decisão, mas que não é descoberto porque não se envolve com os demais colegas na empresa.


“Muitas vezes existem profissionais que são indispensáveis, mas quase não aparecem, tanto pela natureza do trabalho como também por falha na comunicação. Por mais que um profissional trabalhe nos bastidores sem ser notado, é importante que tenha um bom relacionamento com os colegas e uma comunicação eficaz para que todos saibam o que ele faz e reconheçam a importância disso. Muita gente pode achar que isso é vaidade, mas não é. Quando uma organização conhece o papel de cada um no time, as pessoas trabalham sabendo a quem recorrer na hora da necessidade”, pondera o palestrante, consultor e autor de livros sobre gestão e marketing, Mário Persona.

Se você é um Ronaldo, mostre-se!

Dentro dos ambientes corporativos nem sempre é fácil demonstrar que você tem perfil, e competência suficiente, para encontrar soluções sobre determinado assunto. E nessa falta de espaço, a frustração profissional é grande, assim como a dificuldade da empresa encontrar esse perfil no mercado.

Um dos fatores que pode emperrar esse processo é a burocratização e a cultura das organizações que, ao mesmo tempo em que procuram profissionais com perfil decisório, têm medo de perder espaço para ele.

“As gestões antigas nem sempre sabiam valorizar a presteza, e a gestão medrosa e centralizadora não gosta muito de pessoas que resolvem rapidamente as coisas, sem passar por todos os degraus e processos burocráticos, porque vêem nesses profissionais uma ameaça. Falo de empresas em que alguém que demonstre ser mais capaz do que o chefe corre o risco de perder o emprego”, analisa Persona.

Sócrates concorda em partes com a afirmação anterior, pois é mais otimista.

“Há empresas que chamo de top down, que não dão oportunidade do profissional se mostrar, o que acaba frustrando-o. Mas, em outras empresas cabe ao profissional, quando visualizar uma oportunidade, demonstrar opiniões embasadas e que façam sentido. Se ele acertar na primeira vez, ótimo! Já vão começar a vê-lo de forma diferente. É uma questão de postura e de enxergar o cavalo selado passando”.

Mais semelhanças

Como todo cargo de decisão envolve duas possibilidades, o erro ou acerto, e com isso, consequências das mais diversas proporções, pode acontecer situações ainda mais parecidas com uma final de futebol: ir do louvor ao fracasso!

“Já entrevistei diretores financeiros que passaram por grandes empresas, li sobre o histórico deles nos jornais e eles só falaram pontos positivos até que, na última decisão que tomaram, erraram porque o cenário do mercado mudou bruscamente. Então, a empresa não reconheceu todos os acertos que obteve numa carreira longa, e sim a última decisão que pôs muito dinheiro a perder. No futebol também é assim: o jogador pode ter feito uma ótima partida, ter feito dois gols, mas a decisão foi para os pênaltis e ele perdeu. Pronto! Ninguém vai lembrar-se dele no jogo e sim do pênalti que não marcou”, enfatiza Sócrates.

Felizmente os recrutadores, como Sócrates, reconhecem mais a trajetória como um todo do que as decisões pontuais na hora de apresentar um perfil de profissional para as empresas. Por sorte também agem como headhunters em busca de novos talentos, talvez adormecidos.
“Ninguém se preocupa com a receita do bolo, mas é todo um trabalho em equipe que faz a diferença na hora do líder tomar a decisão. Desde o estagiário até o analista, um detalhe que escapa ao olhar atento pode influenciar a decisão final. Infelizmente só os atacantes e líderes ganham notoriedade e maiores salários, porque são eles que fazem os gols e a alegria do público, mas deve-se lembrar de que todos fazem parte do time e ajudam na tomada de decisão”, conclui.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Qual a Profissão do Futuro ?


Quais são as profissões que estão mais valorizadas pelo mercado de trabalho hoje? E daqui a três, quatro anos, quando chegar ao fim a graduação, elas ainda serão as mais procuradas pelos empregadores? E quais as áreas em que os profissionais enfrentarão dificuldades para encontrar emprego?

Essas com certeza são algumas das muitas perguntas que passam pela cabeça dos vestibulandos na hora de escolher um curso superior. Especialistas consultados afirmam que é difícil prever o futuro, mas é possível indicar tendências.
Mesmo assim, não há consenso. Dos consultores de carreira e profissionais de empresas de recursos humanos que foram consultados, alguns apontam profissões pontuais, outros fazem levantamentos estatísticos e revelam caminhos.

Também há os que não acreditam ser possível esse tipo de previsão, em razão das constantes mudanças do mercado, e os que apostam que o que realmente importa não é a área, e sim uma boa qualificação. No entanto, todos dizem que, seja qual for o futuro, é necessário estar bem preparado para ele.
As profissões relacionadas ao meio ambiente e aos recursos naturais já estão sendo valorizadas hoje, e são boa aposta para o futuro. Profissões como Agronomia, Engenharia Ambiental, Engenharia de Petróleo e Gás Engenharia Hídrica devem ter um mercado aberto por mais 10 ou 15 anos.

Além disso, com a crescente necessidade de comunicação internacional, os profissionais de letras também devem ser valorizados. É a globalização. As pessoas precisam se comunicar, e as línguas mais exóticas, como o próprio mandarim [chinês] estarão muito em alta.
O lazer também já está ganhando terreno no mercado de trabalho. Cinema e Vídeo, além das profissões que se envolvem com a área editorial, devem crescer ainda mais. Nunca se deu tanto valor ao lazer como hoje.

As pessoas têm cada vez menos tempo livre e querem aproveitá-lo fazendo o que gostam.
Em baixa, estariam áreas que hoje já possuem um excesso de profissionais. “Psicologia, Jornalismo, Odontologia e Marketing, por exemplo, são áreas que estão com muitos profissionais no mercado. Não quer dizer que não haja vagas, mas os profissionais serão cada vez mais exigidos para ocupar esses postos de trabalho.
a gerente da setorial do Grupo Foco no Paraná, Maria Cristina Hilario, aponta que no país estão em alta as engenharias, em todas as modalidades. “Isso se deve principalmente pelo crescimento econômico, a expansão de mercados internacionais, como o da China, e outros fatores.

Acreditamos que teremos uma boa demanda destes profissionais pelos próximos anos. Além disto, há uma carência nesta área em função de que nos últimos anos estes profissionais foram muito direcionados para mercado financeiro e administrativo, por possuírem forte bagagem em organização, cálculos e projeções”, explica.
As profissões de Tecnologia da Informação (TI) também foram um ponto em comum em todas as regionais. “Há uma grande necessidade de agilidade nos processos e controles da informação. Além disso, há crescimento de demanda na área de serviços, que implicam em formação técnica com habilidades de relacionamento com os clientes”, diz.
Além disso, há uma demanda crescente na área de Inteligência de Mercado. “É uma área que não implica necessariamente em uma formação específica. Pode ter formação em Administração, Engenharia, Marketing, entre outros.

Ela vem sendo solicitada em função de estabelecer e firmar as marcas das empresas tanto em mercados nacionais quanto internacionais”, explica.
Como se preparar
Todos os especialistas consultados concordam que é muito importante estar bem preparado para o futuro, seja qual for. E para isso, é necessário nunca parar de se qualificar. A única certeza que temos é que em qualquer profissão que escolherem não poderão nunca mais parar de estudar.

Os profissionais precisarão estar cada vez mais bem preparados, uma vez que estarão competindo em um mercado globalizado e de mudanças cada vez mais velozes.
O que está em baixa hoje é o profissional pouco preparado, com conhecimento específico, sem domínio de línguas estrangeiras e que queiram trabalhar apenas em grandes centros. Nenhuma profissão por si só está em baixa, desde que haja preparo e capacitação contínua.
Mercado global
Outro fato atentado pelos especialistas é que o profissional hoje não é mais local, e sim global. Além de conhecer outros idiomas é necessário ter disponibilidade. Não é possível mais ficar limitado ao seu bairro. A concentração de profissionais em certos centros gera muito desemprego. Em muitos casos, o deslocamento para outra região pode ajudar a garantir o trabalho. O brasileiro é um dos povos menos móveis do mundo. Daqui para frente será cada vez mais difícil ficar fixo num loca.
Sendo assim, conhecer o mercado de trabalho em outras regiões pode ser um ótimo começo.